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‘Diário da Manhã’ alerta para o uso de queimadura como forma de violência contra a mulher

Entrevistada pelo programa, a diretora-geral do Hospital da Ilha, Caroline Hortegal, falou sobre a campanha Junho Laranja, que visa a prevenção, ac...

Por: Redação Fonte: ALEMA
06/06/2025 às 12h43
‘Diário da Manhã’ alerta para o uso de queimadura como forma de violência contra a mulher
‘Diário da Manhã’ alerta para o uso de queimadura como forma de violência contra a mulher

Agência Assembleia / Foto: Miguel Viegas

Em entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, que tem transmissão ao vivo e simultânea pela Rádio e TV Assembleia, a diretora-geral do Hospital da Ilha, Ana Caroline Moreira Hortegal, discorreu nesta sexta-feira (6), sobre a campanha Junho Laranja, que, neste ano, chama a atenção para a gravidade das queimaduras associadas à violência de gênero.
Organizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Hospital da Ilha, em parceria com a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), a campanha tem como tema central “Violência contra a mulher: Marcas no corpo, feridas na alma”, com foco especial na prevenção, acolhimento e denúncia de casos de agressão.
Em conversa com o apresentador e jornalista Ronald Segundo, a diretora-geral do Hospital da Ilha declarou que a gestão estadual tem se empenhado em várias frentes para melhorar o atendimento à população, principalmente no que diz respeito ao combate à violência e ao tratamento de vítimas de queimaduras.
Carol Hortegal forneceu detalhadas informações sobre o funcionamento da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) que, segundo ela, tem sido um pilar fundamental no atendimento às vítimas de queimaduras.
“Uma média de 80 mulheres já foram atendidas. O mais alarmante é que, dessas 80 mulheres, quatro em cada 10, são vítimas de feminicídios, um dado inaceitável que reforça a urgência de conscientização e empatia no tratamento dessas vítimas”, frisou Carol Hortegal.
Humanização
Ela acrescentou que o cuidado na UTQ do Hospital da Ilha vai além da recuperação física: é um trabalho integral, que envolve também a qualificação contínua dos profissionais e um atendimento humanizado.
A campanha deste ano faz um alerta: A violência doméstica tem deixado marcas permanentes no corpo e na vida das mulheres, muitas vezes por meio de queimaduras. Para a diretora do Hospital da Ilha é indispensável que o debate sobre o tema seja ampliado.
Carol Hortegal enfatizou o avanço representado pela criação da UTQ no Maranhão e a importância de dar visibilidade às mulheres vítimas de violência. “Antes, nossas pacientes precisavam ser transferidas para outros estados. Hoje, temos uma estrutura de excelência. O Junho Laranja é um marco para reafirmar nosso compromisso com a saúde e com a prevenção de novos casos. As mulheres continuam sendo as mais atingidas, muitas vezes em silêncio, e precisamos enfrentar isso com seriedade,” alertou a diretora.
Ela frisou ainda que a Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ), instalada em 2023 no segundo andar do Hospital da Ilha, é a primeira do tipo no estado. Conta com 19 leitos, sendo dois de isolamento, além de estrutura especializada com sala de balneoterapia, cinesioterapia e oxigenoterapia hiperbárica. A unidade oferece tratamento completo com equipe multiprofissional, permitindo que pacientes maranhenses não precisem mais sair do estado em busca de atendimento.

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